sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Editorial

Por: Felipe Soares Bufalo

Criação de Andrea, Felipe Diniz e Iara
Cerca de 500 anos a.C., surge na Grécia um termo até os dias de hoje muito comum, porém desvirtuado e até, em muitos casos, renegado. Esta é a política. Em seus primórdios, tal palavra correspondia ao direito de todos os cidadãos de participar ativamente de toda e qualquer ação na pólis, ou, nos termos atuais, cidade.
Isto mesmo, o fato de conversar com seu vizinho sobre o estado de sua rua ou reclamar seus direitos em um hospital, padaria ou papelaria é fazer POLÍTICA.
Atualmente, é fato social associarmos a política à corrupção, o que causa nojo em eleitores e, em épocas decisivas como eleições, os conduz a tentativas frustradas de demonstrar seu descontentamento com o governo, levando, por exemplo, comediantes ao poder. Tal forma de protesto apenas indica a recusa do eleitor de exercer seu direito político, alienando-se da existência de candidatos que defendem exatamente seu ponto de vista, simplesmente por "achar" que são todos iguais, corruptos.
Em respeito aos incontáveis seres humanos (homens e mulheres) que, durante mais de dois mil anos, perderam suas vidas lutando por este direito, o voto é e deve continuar sendo o instrumento mais importante para o cidadão, de forma sensata e consciente, levar ao poder quem realmente será capaz de defender ideais justos e democráticos.